Pode-se dizer que existe seis tipos de político.

O primeiro é o que chamamos de pequeno cacique, geralmente alguém que saiu de uma família tradicional na política, e desta forma, o “mandato” passa de pai para filho.

O segundo tipo é o cacique eletrônico, que é bem parecido, mas conta com a ajuda da mídia, geralmente ele controla geradoras e repetidoras de TV e rádios, obviamente com concessões públicas conseguidas rapidamente com o poder adquirido.

O terceiro tipo é o líder de instituição, que controla sindicatos ou associações comerciais, e até mesmo associações de moradores, tem força nas regiões que comandam, e após conseguirem o mandato, abandonam seus pares da ideologia menor, assumindo uma “nova parceira” com a ideologia maior, isto é, os mandatários do poder, e chega ao cúmulo de na plenária da casa do povo, dizer que faz parte da “base do governo”, esquecendo-se de que foi eleito pelo povo, para ser base do povo.

O quarto tipo é o burocrata que já ocupou cargo executivo, tipo secretaria de educação ou saúde. Ele leva vantagem nas campanhas espalhadas pelo município, usufruindo da posição política destas secretarias para impor apoio na sua campanha política, sempre com ameaça de dispensa de um funcionário, principalmente, os cargos de confiança, ou simplesmente, com condição de poder ou não realizar algum tipo de ação, que só pela sua posição seria obrigação.

O quinto é o líder religioso que usa a estrutura em rede de sua igreja para conseguir voto em todo o estado, e chega ao ponto de dizer que se a “ovelha” não votar no candidato definido por ela, estará desagradando ao “pastor” e também a DEUS. Alguns líderes chegam ao cúmulo de dizer que a política é “coisa do diabo”, para não incentivar a participação do cristão no processo político, mantendo-se desta forma, no mínimo, omisso. Mas quando chamado à conversa por algum candidato com recursos, o discurso com certeza é revisto.

E o sexto é o Zé Ninguém. O cidadão comum que tem talento, boas ideias e boas intenções, mas não tem nenhuma das vantagens dos outros tipos. Obviamente, este tipo dificilmente alcança vitória em uma campanha política, por que simplesmente, não tem nada para dar ao eleitor, que na maioria da vez, alimenta a corrupção dentro do processo político, trocando seu voto por cesta básica, dentadura, saco de cimento, carona para ir votar, promessa de cargos no executivo ou no legislativo, ou nas empresas dos “financiadores de campanha”, e pasmem, até por nota de cinquenta reais rasgadas ao meio.

Então, temos que crer que o povo é mais corrupto do que o político. Ao passo que o político se corrompe por milhões, o povo se corrompe por tostões, até promessa futura.

AME O BRASIL! VOTE CONSCIENTE,
OPÇÃO INTELIGENTE.