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A Política na idade moderna
A economia de mercado, surgida nos inícios da Idade Moderna desencadeou profundas transformações nas relações sociais e políticas. O movimento econômico e a emergência da burguesia no cenário político fizeram-se acompanhar da instauração do Estado moderno como um organismo distinto da sociedade civil.
Enquanto o Estado se organiza como uma máquina administrativa para governar a sociedade, assume também o papel de garantir as liberdades civis e individuais, assim como as relações e valores próprios de uma economia de mercado.
O pensamento político produzido nos séculos XVII e XVIII em torno da origem do poder mostra-nos a preocupação dos filósofos em entender e justificar essas mudanças: o direito divino dos reis é questionado, e passa-se a demonstrar que as relações sociais e políticas não procedem de uma ordem natural e divina.
Recorre-se à razão para explicitar o fundamento do poder e sua legitimidade; são apresentadas novas noções sobre os indivíduos, a propriedade, a liberdade e a desigualdade, o público e o privado, os contratos sociais e o consentimento entre os homens.
Embora as relações entre Estado e sociedade tenham mudado no decorrer do processo histórico, podemos dizer que, nas modernas sociedades democráticas, o exercício do poder se faz pela combinação da coerção ostensiva (força policial ou militar, lei, justiça) com a formação do consenso da sociedade sobre determinados objetivos.
Na política, as contradições e conflitos gerados no processo social se traduzem por uma gama variada de tendências que defendem os diversos interesses dos grupos sociais, tanto dos que detêm o capital quanto dos trabalhadores ou marginalizados na sociedade capitalista.
O predomínio de valores individualistas, a submissão às leis do mercado e dos interesses estritamente particulares provoca o isolamento social.
Perde-se o sentido do que é comunitário e da importância da participação na vida coletiva.
O bem público deixa de ser entendido como o bem produzido por todos para toda a sociedade e aparece como um bem que não pertence a ninguém, podendo, por isso, ser depredado ou apropriado por qualquer um.
Na sociedade brasileira, a concentração do poder decisório no aparato do Estado e a tradição política conservadora e autoritária, além de provocarem graves problemas econômicos e sociais, tornaram ainda mais difíceis a ampliação do espaço público e a criação de mecanismos que possibilitem à sociedade civil intervir na política.
As manifestações de rua, as lutas dos trabalhadores sem terra, a organização sindical e a atuação crítica da imprensa diante das ações do governo são fatos relevantes para a formação de uma sociedade democrática. É necessário que a sociedade civil amplie esses espaços de participação.
AME O BRASIL. VOTO CONSCIENTE, OPÇÃO INTELIGENTE!